Muitas marcas cometem erros na hora de expor seus produtos nas vitrines de suas lojas, mas muitas vezes não sabem que estão errando em relação a isso. Saiba que eles podem acabar prejudicando até mesmo o faturamento da sua loja!...
Muitas marcas cometem erros na hora de expor seus produtos nas vitrines de suas lojas, mas muitas vezes não sabem que estão errando em relação a isso. Saiba que eles podem acabar prejudicando até mesmo o faturamento da sua loja! Mas quais são esses erros?
O visual merchandising é a área responsável pela valorização do produto no ponto de venda, tornando sua loja atraente e competitiva no mercado, sendo um excelente aliado para aumentar as vendas da sua loja. Porém, se não receber a devida importância e atenção, a maneira como os produtos são expostos pode acabar atrapalhando a imagem da empresa, e o seu faturamento.
Sabendo disso, e pensando em ajudá-lo a desenvolver um ambiente de ponto de venda estratégico e eficiente, listamos a seguir os principais erros cometidos na exposição de produto, e que mais prejudicam seus resultados, e apresentamos o que você precisa fazer para evitá-los em sua loja.
Todas as decisões relacionadas a uma empresa devem levar em consideração o público que será atendido. O gosto pessoal do empresário e dos colaboradores não deve sobressair os desejos e necessidades dos consumidores. Por isso, o primeiro passo é estudar quem é o seu cliente!
Conhecendo o seu público-alvo, será muito mais fácil definir o layout da loja, as técnicas para apresentação dos produtos, a música ambiente, os tipos de promoções que serão realizadas, e, inclusive, a forma de atendimento.
É muito comum encontrarmos empresas que trabalham baseadas em “achismos”. “Eu acho que meu público-alvo tem entre tal idade, gosta de produtos do estilo X…” e assim por diante, quando na verdade em um estudo breve podemos analisar que esse é apenas o gosto das pessoas envolvidas na empresa, e não do consumidor, de fato.
Ter conhecimento real sobre o seu consumidor aproxima a sua empresa de um resultado mais assertivo na comunicação entre vocês, pois é uma maneira de obter as informações certas para planejar as melhores estratégias de merchandising no ponto de venda.
Lembrando que seus clientes são pessoas, com sentimentos e comportamentos que mudam constantemente, portanto a forma de consumo também sofrerá alterações e você precisa estar antenado e se atualizando frequentemente.
“Mas eu vendo para todo mundo. Não tenho um público definido!”. Sem essa! Com toda certeza sua empresa possui um público predominante e/ou com maior retorno financeiro, cabe a você analisar e definir esse grupo como seu público-alvo. Lembre-se: que quem quer agradar todo mundo não agrada ninguém.
Um dos piores e mais comuns erros de merchandising é simplesmente acumular os produtos na loja, sem qualquer planejamento ou contexto entre eles, supondo que apenas o fato do produto estar exposto irá configurar em vendas.
Ninguém se sente interessado em entrar em um estabelecimento abarrotado de produtos mal organizados, muitas vezes com caixas de produtos na área de circulação ou sob os produtos, sem espaço para sequer passar o cabide para ver o produto ao lado…
Porém na ânsia de apresentar todas as possibilidades de produtos que a empresa tem a oferecer, muitas lojas pecam e acabam poluindo visualmente o seu cenário. Com tanta informação ao mesmo tempo, o cliente acaba não se interessando por nada, e ao invés de atrair, repele o consumidor.
Evite abarrotar a sua vitrine com produtos, afinal de contas ela não é o seu estoque! Ela serve como chamariz para o seu cliente, e deve passar uma imagem clara e objetiva. No interior da loja é preciso ter um layout que permita que seu consumidor transite sem esbarrar em araras, prateleiras ou caixas, e que visualmente apresente um cenário harmônico de toda a loja e dos produtos oferecidos.
Caso a empresa ofereça vários sku’s, opte por um giro maior na exposição de produtos, oferecendo assim uma pequena amostra de cada segmento por um período curto, e apresentando um caráter de novidade aos consumidores que sempre encontrarão produtos diferentes nas prateleiras e vitrines.
Regra básica no Visual Merchandising: menos é mais!
Outro erro fácil de ser encontrado no varejo, são produtos expostos diretamente no chão, geralmente nas vitrines. O espaço abaixo dos manequins parece tentador demais para ser deixado vazio, e uma ótima opção para mostrar mais produtos. Mas eu posso garantir que esse hábito não favorece a sua imagem para com o consumidor.
Primeiramente, esse espaço acaba ficando abaixo da linha de visão. Como assim?
O ponto focal é uma das estratégias usadas no Visual Merchandising e ela é baseada na altura do posicionamento do produto em relação ao olho humano. É quando o cliente não precisa fazer nenhum movimento para enxergar o produto (nem erguendo, nem abaixando a cabeça), ou seja, seu produto é diretamente percebido pelo seu consumidor sem esforço.
A altura média do brasileiro é de 1,60 m para mulheres, e 1,73 m para homens. O que significa que o ponto focal seria entre 1,20 e 1,80 m.
Nessa altura devemos expor produtos que queremos destacar, como ofertas, lançamentos, produtos exclusivos…pois eles terão uma visibilidade maior em relação aos demais. Isso não quer dizer que as outras áreas não serão percebidas pelo cliente, mas que esse ponto será o primeiro a fisgar seu olhar e cativá-lo para observar o restante da exposição com mais atenção.
Com base nisso, os produtos expostos no chão estão em uma área menos valorizada visualmente, e quando são percebidos provavelmente são associados a poluição visual. Além do mais, expondo diretamente no chão, você baixa o valor agregado do produto. Pois com exceção de tapetes, calçados e outras peças, não há muitos produtos que usamos em nosso dia a dia diretamente no chão.
Através de suportes, e da criatividade, você utiliza o espaço abaixo da linha de visão, cria movimento na vitrine e expõe mais produtos sem passar uma imagem negativa.
Neste caso a própria cenografia interage com o produto, atraindo o olhar do consumidor para essa área e expondo os produtos em diferentes alturas.
Você entraria em uma loja com uma vitrine suja, escura, com manequins quebrados remendados a base de fita adesiva? Pois é, o seu cliente também não!
Esses detalhes que parecem inofensivos, na realidade demonstram que a sua loja é desleixada e desorganizada. E se a vitrine é o cartão de visitas, e está nesse estado, o cliente pode supor como estará o interior da loja.
Em relação a limpeza não existe muito o que salientar. Desde a fachada, vitrine e interior da loja devem estar limpos e bem cuidados. A manutenção precisa ser constante.
Os manequins também são muito importantes. São eles que vão destacar o produto apresentado, o caimento da peça, e irão personificar o estilo do público alvo da empresa. E cá entre nós, manequim feio, quebrado, e antigo demais não vai valorizar em nada o seu produto. Investir em manequins atuais, com cores neutras e poses variadas é meio caminho andado para a apresentação de uma vitrine de sucesso.
A prova de que um bom manequim e um bom styling mudam completamente até produtos básicos como jeans e peças pretas. Acessórios são muito bem vindos para agregar valor na exposição de produtos.
Muitos empresários buscam economizar quando o quesito é iluminação, mal sabem que esse é um investimento capaz de proporcionar o aumento das vendas. Além de garantir o conforto do cliente, a luz permite que os produtos sejam visualizados de maneira correta.
Vitrines de lojas de rua exigem iluminação adicional para combater o reflexo da luz solar que dificulta a visibilidade através do vidro durante o dia.
É fundamental pensar no tipo do produto na hora de planejar a iluminação de cada ponto da loja, pois ela influencia não apenas na visibilidade, mas também nas cores da mercadoria. Por isso, a dica é ter uma loja bem iluminada, e utilizar pontos focais de luz para atrair o olhar do consumidor para produtos específicos.
Falha frequente em vitrines onde a fiscalização do Procon não é constante, geralmente em cidades menores.
Segundo a Lei 10.962/04, é obrigatória a afixação de preços em produtos na vitrine e no interior de loja. Independente da forma de afixação, o preço deve ser imediatamente visualizado sem ajuda do comerciante, pois a sua ausência configura em dano ao consumidor.
Inúmeras são as desculpas para o não cumprimento dessa lei, desde o medo da concorrência ter acesso ao preço que está sendo praticado no produto, quanto a ilusão de que o consumidor irá entrar na loja para perguntar. Convenhamos que na era da tecnologia, de tempos cada vez mais reduzidos, todos nós queremos a informação da maneira mais clara e rápida possível.
Analisando por outro lado, o consumidor pode se sentir constrangido em ter que entrar para pedir o preço de um produto que talvez ele não tenha condições de comprar.
Utilize esse ponto ao seu favor. Trabalhe na vitrine preços variados, mostrando para o cliente que seus produtos podem abranger qualquer orçamento, e deixe ele definir o que mais lhe agrada. Tenha cuidado para não passar a imagem de uma loja “cara” apenas expondo produtos de valor agregado, se o seu público não se encaixa nesse segmento. O ideal é apresentar produtos com preços condizentes ao ticket médio do seu consumidor.
Para saber mais sobre a maneira correta de afixação de preços nos produtos é só conferir no link abaixo:
https://procon.to.gov.br/legislacao/lei-10-962-04-e-decreto-5903-06-dispondo-sobre-afixacao-de-precos/
Estar atento ao calendário promocional e selecionar as datas importantes para o seu público é fundamental para campanhas de marketing e vitrines efetivas. Não alterar com frequência os produtos expostos e não definir um cronograma para essa atualização são erros de merchandising que também podem impactar negativamente seus resultados de vendas.
Planeje as datas que serão trabalhadas, seus possíveis temas e inspirações. Um cronograma otimiza tempo e aumenta as chances de obter resultados positivos.
Em relação a exposição de produto é fundamental estudar maneiras diferenciadas para apresentar sua mercadoria, aproveitar o ambiente e ter sempre um caráter de novidade na loja.
Quando você divide o ponto de venda apenas por categorias de produtos, a visualização geral da loja se torna monótona e você desperdiça a oportunidade de qualquer venda cruzada durante o percurso que o cliente irá fazer. O consumidor andará menos pela loja e as chances de que ele realize compras por impulso diminuem.
No entanto se você cria um planejamento para a rotatividade dos produtos dentro da loja, e faz combinações de peças, como cintos, calças e camisas em um mesmo ambiente – técnica que chamamos de Cross Merchandising – você instiga o consumidor a se interessar por outros produtos que ele não estava procurando, além de agregar valor mostrando como ele pode utilizar aquele produto combinado com demais itens.
Como pode-se perceber, existem diversos erros na exposição de produtos que podem ser facilmente evitados se os gestores olharem para as técnicas de visual merchandising com mais atenção e se colocarem no lugar dos consumidores.
Pequenos detalhes como esses citados podem fazer uma diferença gigante na percepção de valor do seu cliente com a sua empresa e, consequentemente, no seu faturamento.