Está chegando ao mercado brasileiro uma nova forma de enviar e receber dinheiro, o PIX. Anunciado pelo Banco Central (BC) em fevereiro, o PIX será lançado em novembro deste ano. No resumo, o PIX é um novo sistema de pagamentos...
Está chegando ao mercado brasileiro uma nova forma de enviar e receber dinheiro, o PIX. Anunciado pelo Banco Central (BC) em fevereiro, o PIX será lançado em novembro deste ano.
No resumo, o PIX é um novo sistema de pagamentos que visa agilizar a realização de transferências e pagamentos no Brasil. Como meio instantâneo de pagamento, pelo PIX, o usuário pode enviar e receber dinheiro em tempo real e sem pagar nenhuma taxa por isso.
Segundo os dados do Banco Central, no primeiro dia de cadastro, mais de 3,5 milhões de chaves foram registradas. O BC divulgou uma lista com 927 instituições financeiras participantes do PIX no país, incluindo bancos tradicionais e diversas fintechs.
Além das transferências, a plataforma também poderá ser usada por empresas para receber pagamentos. E o PIX não é diferente do TED/DOC por realizar as transações em tempo real, ele também se destaca porque ficará disponível 24×7, ou seja, será possível utilizar o serviço a qualquer momento.
Luiz Coimbra e Fábio Ikeno, co-CEO e CTO da Shipay respectivamente, vão responder as principais dúvidas sobre o cadastro na plataforma PIX, veja abaixo:
Luiz Coimbra explica que as chaves do PIX são a principal forma de codificação ou endereçamento da conta recebedora em transferências. Essa será a forma utilizada para identificar com maior facilidade a conta do recebedor.
As chaves servem para identificar o cliente. Na prática, a chave serve para tornar mais prático o envio de um Pix. Com isso, para fazer uma transferência, basta colocar a chave do recebedor do dinheiro, assim não será necessário colocar os dados completos da conta como acontece com TED e DOC, explica Ikeno.
A maior parte das instituições financeiras brasileiras participarão do PIX, desde os bancos tradicionais até as fintechs. Logo, é possível se cadastrar no PIX através do registro da chave, ação solicitada pelas próprias instituições. Com isso, é possível se cadastrar no PIX através do app do seu banco/fintech.
É importante ressaltar que a chave não é obrigatória. Será possível enviar ou receber um PIX utilizando os dados da conta, creio que para essa situação será bem parecido com uma transação de DOC ou TED, onde é necessário inserir os dados completos da conta, ressalta Ikeno.
“Existem quatro tipos de chaves para pessoas físicas, o CPF, o e-mail, o número de celular e a chave aleatória. Pessoas jurídicas também poderão se cadastrar utilizando e-mail, número de celular, chave dinâmica e por meio do CNPJ da empresa” explica Coimbra.
Coimbra ressalta que será possível utilizar mais de um telefone ou e-mail. Sua chave estará registrada no sistema do Banco Central e assim o cliente será identificado e a transferência poderá ser realizada.
Cada cliente pessoa física poderá ter cinco contas PIX, cada um cadastrado com uma chave e cada cliente pessoa jurídica terá direito a 20 chaves, completa Coimbra.
Coimbra explica que a chave aleatória, também conhecida como chave EVP (Endereço Virtual de Pagamento) será um número hexadecimal de 32 caracteres gerado de forma aleatória criado pelo DICT (Diretório de Identificadores de Contas Transnacionais) do Banco Central.
Esta chave será útil nos casos onde a pessoa não quer expor um dado pessoal. Será composta por um conjunto de caracteres aleatórios, completa Ikeno.
“A portabilidade deverá ser solicitada no PSP (Provedor de Serviços de Pagamentos) para onde a chave será destinada. Haverá necessidade de confirmar a portabilidade no PSP de origem”, diz Ikeno.
Para receber via PIX no varejo, o lojista poderá gerar o QR Code Dinâmico integrado ao seu sistema de PDV (Frente de Caixa). Com isso, ele evita fraudes, além de conciliar os pagamentos recebidos via PIX no fechamento do caixa, explica Ikeno.
E para realizar essa integração, o lojista deverá solicitar ao PSP (que ele registrou a chave) o certificado e as chaves específicas que deverão ser configuradas no próprio sistema de PDV ou no gateway de PIX adotado pelo PDV, completa.
Ikeno acredita que as principais fraudes estarão associadas ao QR Code estático (aquele que fica fixo no balcão da sua loja). Neste caso, existe o risco de alguém mal intencionado trocar o QR Code por um que direcione o dinheiro para outra conta, explica.
Outra possibilidade é o pagador mal intencionado fraudar uma tela de confirmação do pagamento no aplicativo, e mostrar essa tela fraudada para o lojista. Caso não consiga acessar o site ou o aplicativo do PSP para verificar se o pagamento foi feito, o lojista fica exposto a essa vulnerabilidade, completa. Para evitar esses riscos, a melhor forma de se prevenir é receber PIX integrado ao sistema de PDV (Frente de Caixa).
O Banco Central já divulgou o cronograma do PIX. Como previsto, a plataforma poderá ser usada pelos usuários em novembro deste ano. Confira o cronograma abaixo:
E aí está pronto para utilizar o PIX? Agora você já sabe como realizar o cadastro na plataforma e preparar a sua rede de lojas de calçados e roupas para oferecer essa nova forma de pagamento digital.
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